domingo, 25 de abril de 2010

As raízes de nossa dor

Os dois posts anteriores marcaram um dos pontos mais políticos aqui no Macaco Alfa. No primeiro post tentei o meu melhor, como de sempre, isso quer dizer "traduzir informações de livros e artigos científicos em linguagem acessível". Na questão específica do primeiro post (A Barbárie), quatro livros são a chave para entender o cerne do pessimismo, ou mesmo pela esperança de mudanças verdadeiras. As referências são:

Barber, BR., 2009. Consumido – Como o mercado corrompe crianças, infantiliza adultos e engole cidadãos. Editora Record.

Foster, JB., 2005. A ecologia de Marx – materialismo e natureza. Editora Civilização Brasileira.

Lipovetsky, G., 2007. A felicidade paradoxal – Ensaio sobre a sociedade de hiperconsumo. Companhia das Letras.

Perrault, G. (Org.), 2005. O livro negro do capitalismo. Editora Record.

No segundo post (A Classe Média) está uma síntese da Classe Média brasileira escrita de forma brilhante pelo teólogo e escritor Frei Betto. Eu não conseguiria escrever algo melhor, achei o texto perfeito demais e pela primeira vez postei algo assim na íntegra aqui no Macaco Alfa.

Agora segue este terceiro post para encerrar esse assunto. Bem, aqui estou envolto a uma trilogia não planejada, cuja costura resulta em minha compreensão do mundo. Passei muito tempo de minha vida tentando entender de onde vinha aquilo que identificamos coletivamente como algo prejudicial às nossas vidas... A dor de todo mal.

De certo, entre tantas outras perguntas que me moveram na adolescência, essas eram as piores. O sentido da vida, de onde nós viemos, questões metafísicas como a vida pós-morte... Consegui um bom entendimento de tudo isso com boas leituras, reflexões e até através de minhas pesquisas no mundo dos animais. Entretanto, quando estou no Shopping e sou maltratado pela cor parda de minha pele, quando escuto às bravatas os discursos alienados contra trabalhadores explorados, quando até amigos falam sem parar de como é “bom viver no capitalismo” e sobre a “ditadura dos socialistas” sem terem lido nada, sem ao menos andarem de ônibus para o trabalho... Pode parecer simples, mas foi difícil de entender com precisão a origem, transformação e continuidade de todo esse mal.

Essa minha curiosidade não é uma questão apenas pessoal. Desde 2003 trabalho no interior do Ceará e aqui as coisas são diferentes de onde eu vim. Sou nordestino dos subúrbios do litoral, onde não há seca, onde a Música Urbana é verdadeira, onde proletários das fábricas não faltam por todos os lados.

Aqui hoje no interior do nordeste, quase não há grandes fábricas. A agricultura nem de longe reflete algo para ser classificado de agronegócio. Há muita prestação de serviço de um lado e do outro aposentadorias somadas aos programas de assistência social. Nesse contexto, eu também queria entender o porquê de alguns exultarem orgulho fora de medida em morar aqui, enquanto há, na mesma proporção emocional, uma vontade, e até a prática explícita, de morar nas capitais. Políticos, médicos e até professores universitários preferem ter moradia na capital e só virem aqui no interior para cumprir suas obrigações profissionais.

Nas palavras duras e diretas que já ouvi tantas vezes: “quem tem dinheiro, dinheiro mesmo, mora na capital, seu moço!”

Antes de prosseguir explico que êxodo humano por causa da seca não possui explicações naturais e simplistas. Para entender isso, precisei ler e descobrir que a tal “seca do nordeste” é uma de nossas catástrofes sociais e econômicos, como também foi a escravatura, extermínio dos nativos e outros horrores ligados à colonização. Aprendi com a leitura de textos do Dr. Frederico de Castro Neves (historiador e professor da Universidade Federal do Ceará) que não foi a irregularidade de água como a mídia me passou na década de 1980, foi algo pior e cujas consequências sociais estamos hoje enfrentando.

Sobre isso, peço gentilmente que leiam o texto abaixo (pgs. 77-80 retiradas de Neves, FC., 2007. A seca na história do Ceará. Pp. 76-102. In: Rocha, S. (Org.): Uma Nova história do Ceará. Edições Demócrito Rocha.):

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As Origens da Seca

Há registros de escassez de chuvas desde os mais remotos documentos sobre o território onde se localiza o Ceará. As tribos que habitavam essas terras, periodicamente transferiam suas aldeias para áreas mais úmidas ou próximas à orla marítima, muitas vezes provocando conflitos com outras tribos. Os primeiros colonizadores, pouco adaptados ao clima, viam-se em dificuldades quando ousavam atravessar o sertão em épocas de poucas chuvas. Mesmo assim, a ocupação do território se efetivou, especialmente com base na pecuária, que permitia uma certa mobilidade da “produção” durante as secas.

Até meados do século XIX, contudo, a irregularidade de chuvas que caracteriza o sertão não havia significado um problema tão grande para os setores dominantes. Pelo menos, as cidades e as instituições modernas do poder, estruturadas neste mesmo período, estavam a salvo das agruras da seca. As terras úmidas da periferia do semi-árido, abundantes e pouco povoadas, podiam ser ocupadas pelos grupos de sertanejos que perdiam as suas colheitas de subsistência e também pelo gado dos grandes proprietários. O Piauí e o Cariri eram as áreas mais procuradas por essas migrações periódicas. Muitos grandes proprietários possuíam terras nestas áreas como “reserva” para os tempos de escassez, quando o gado – bem mais valioso – poderia estar protegido.

O gado e a produção de subsistência predominavam na ocupação da terra até o início do século XIX. O algodão – uma planta xerófila que se adapta muito bem ao clima do semi-árido – somente veio fazer parte efetiva da produção sertaneja em meados do século. As primeiras tentativas de plantações algodoeiras datam do final do século XVIII, mas é no século seguinte – especialmente durante a Guerra de Secessão nos EUA (1861-1865) – que o algodão passou a fazer parte integrante e permanente da paisagem sertaneja.

Até então, os homens que habitavam essas terras semi-áridas organizavam-se em fazendas de criação em formas de produção em que a escravidão, se não foi inexistente, não teve o mesmo peso econômico e social que em outras áreas. Dividiam o tempo entre a lida com o gado e uma pequena cultura de subsistência, permitida pelos donos das terras, orgulhosos senhores que mantinham laços paternalistas – baseados na reciprocidade e na lealdade pessoal – com “seus moradores”.

A “quarta” – divisão de reses nascidas entre proprietário das terras e vaqueiros na produção de quatro para um – garantia uma possibilidade, embora remota, de ascensão social para os moradores, que cultivavam, especialmente, plantas de ciclo curto – milho, feijão e mandioca – que garantiam uma colheita rápida, apesar de frágil.

Essa agricultura não representava uma produção que conseguisse uma “reprodução ampliada”, um aumento contínuo das potencialidades produtivas que gerasse um excedente comercializável; mas, por vezes, se a regularidade de chuvas permitisse, alcançava uma “reprodução simples”, em que a família poderia subsistir, em sua pobreza, até o ano seguinte para a próxima colheita. A produção agrícola era, portanto, muito pouco integrada às regras do mercado. O objetivo dessa produção de tipo tradicional, pode-se dizer, era conseguir uma “segurança alimentar”, uma garantia de manutenção dos padrões de pobreza vigentes, ligados aos laços paternalistas de submissão, de lealdade e de proteção.

Em casos de uma eventual quebra desse ciclo, seja pela morte de um dos membros da família ou por uma praga na produção, esses laços, baseados também na caridade cristã, poderiam garantir a sobrevivência dos moradores subitamente levados à miséria. De certa forma, era dever do proprietário proteger os “seus” moradores durante um infortúnio.

A falta de chuvas no período regular, no entanto, destruía imediatamente essas colheitas e ameaçava o gado, desfazendo o círculo da produção tradicional. O proprietário da fazenda destacava alguns homens e deslocava seus bois para outras áreas onde o pasto podia ter-se preservado.

Os homens que ficavam tinham duas alternativas: ou migravam para áreas úmidas e resistentes à irregularidade de chuvas, sendo permitida a sua presença provisória por um beneplácito do proprietário, ou eram acolhidos pelo dono das próprias terras em que trabalhavam, muitas vezes habitando os currais abandonados e esperando sobreviver às custas da caridade do “coronel” e de sua esposa.

Essas alternativas eram difíceis, pois implicavam, tanto uma como outra, em um aprofundamento da submissão e da dependência. Ao mesmo tempo, a permanência deste sistema tornava a convivência próxima com a morte ou com a fome um forte elemento nas estruturas da cultura e religião, já que a mortalidade, tanto nos tempos de chuvas regulares quanto em tempos de seca, era (e é) muito alta.

Ao mesmo tempo, os trajetos migratórios eram árduos e pedregosos, cheios de perigos que vinham de várias origens: fome, doenças e crimes. Muitos animais também não agüentavam os rigores da “retirada” e sucumbiam nos caminhos, exaustos e famintos. As estradas, muitas vezes, transformavam-se em cemitérios a céu aberto.

Mas, apesar desse sofrimento, a escassez de chuvas ainda não representava um problema para o Estado brasileiro que se tornou independente em 1822. Era um fator climático localizado, que não afetava sobremaneira as estruturas do poder e da economia.

Essa situação mudou na metade do século XIX. Neste momento, uma série de fatores concorreu para o “fechamento” das terras disponíveis para a “retirada” dos homens e do gado.

A ocupação das terras próximas ao semi-árido por uma agricultura comercial tem dois momentos de intensificação: 1) a valorização das terras como bem econômico, provocada pela Lei de Terras de 1850, que, ao mesmo tempo, retirou das tribos indígenas remanescentes o controle de algumas áreas protegidas por aldeamentos; 2) o impressionante avanço da cultura algodoeira por toda a província do Ceará, motivado pelo súbito aumento de preços no mercado internacional em função da Guerra de Secessão nos EUA.

Esse avanço de uma agricultura comercial, sedentária, que buscava um excedente mercantil, tornou subitamente impossível a “retirada” dos moradores para terras mais úmidas durante os períodos de irregularidade de chuvas, pois elas não estavam mais “disponíveis” para isso, ocupadas agora com a cultura do algodão e valorizadas monetariamente. A proteção paternalista, devido à dimensão da população que a demandava, tornou-se insuficiente, deixando sem alternativas de sobrevivência uma população de centenas de milhares de pessoas.

Esse foi, contudo, um período de chuvas regulares: entre 1845 e 1877, anos em que as mudanças se intensificavam velozmente, os invernos regulares se sucediam, amenizando ou ocultando os efeitos perniciosos que essas transformações iriam ter sobre as populações do sertão. Por isso, o ano de 1877 se tornou um marco na compreensão do problema da seca e o impacto causado pelas cenas que então se desenrolaram fixou-se profundamente na cultura. Neste momento, a irregularidade de chuvas deixa de ser “apenas” uma questão climática para se tornar uma questão social, que a todos afeta e que o Estado brasileiro não poderá ignorar.

De fato, inaugura-se neste instante a seca tal qual a entendemos hoje: miséria, fome, destruição da produção, dispersão da mão-de-obra, invasões às cidades, corrupção, saques... (Neves, 2007).

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Centenas de milhares de pessoas chegaram às capitais. Milhares de pessoas chamadas de “invasores”, “retirantes” e “flagelados”. É esse povo que irá primeiro ser confinado em Campos de Concentração (só em 1932 foram criados sete apenas no Ceará: Crato, Cariús, Quixeramobim, Ipu, Senador Pompeu e dois em Fortaleza). Depois milhares de pessoas foram enviadas para os seringais amazônicos em 1942 (os seringueiros são nordestinos em sua origem). Daí então surgiu o banditismo por uma questão de classe, como canta Chico Science, no cangaço do sertão e nas "favelas" no sudeste.



A Favela (Cnidoscolus phyllacanthus, família Euphorbiaceae) é uma planta do sertão! Em meio aos conflitos de Canudos (1896-1897), os morros ocupados pelos soldados repletos dessa planta xerófila, entre a miséria, cuja semelhança levou nome aos morros no Rio de Janeiro. Claro, sem simplificar demais, lembrem-se que há uma massa de milhares de ex-escravos, pessoas que foram jogadas à própria sorte junto com os nordestinos da "seca", removidos e concentrados nas periferias. Lembrem-se ainda, o “Bota-Abaixo” dos cortiços no centro do Rio de Janeiro realizado pelo prefeito Pereira Passos entre 1902-1906... levou outros milhares e milhares de pessoas para as periferias.

Isso é passado?

Vejamos a seguinte nota recente na Revista IstoÉ:

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O Triste mapa da violência no Brasil

Foram divulgados na terça-feira 30 os dados do mapa da Violência 2010 – Anatomia dos Homicídios no Brasil. Os números fazem parte de uma triste realidade: de 1997 a 2007, o país registrou 512.216 assassinatos. Outra informação alarmante: o risco de um jovem negro ser vítima de homicídio no Brasil é 130% maior do que o de um jovem branco. O estudo também alerta para a interiorização da violência. No interior dos Estados, as taxas cresceram de 13,5 homicídios (a cada 100 mil habitantes) em 1997 para 18,5 em 2007. Em entrevista à IstoÉ, Júlio Jacobo, autor do estudo explica: “houve uma melhora da eficiência policial nas capitais. Mas o interior cresceu com o fluxo migratório das grandes cidades. Se não forem colocadas barreiras, a tendência natural é de crescimento da violência” (IstoÉ, 7 abril 2010, pg. 27).

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Siga o mesmo raciocínio: as enchentes e os deslizamentos com mortes... são culpa das pessoas que jogam lixo no chão e que “preferem” morar em morros?

Sei que tenho amigos que estão mais preocupados com o futuro do tigre, do panda... da já extinta ararinha azul, pior ainda, se o buraco da camada de ozônio vai aumentar novamente. Mas é por essas e outras histórias e a própria história em si, que não me deixam sorrir, ou ser otimista.

Ou se enfrenta de verdade nossos problemas... ou tudo não passa de cinismo!

É fechar as portas de casa, aumentar o muro, implantar cercas eletrificadas, subir os vidros dos carros e, para quem acredita em seres metafísicos com poderes sobrenaturais, rezar bastante!!!

Nunca foi tão necessário escolhermos: [clique] socialismo ou barbárie?

6 comentários:

Francisca Rolim disse...

É, vamos parar de "se preocupar com o buraco na camada de ozônio"... Já que estamos aqui, vamos parar também de fazer pesquisa científica e publicar artigos.

Agora vamos nos preocupar apenas com a BARBÁRIE. Preciso correr no departamento de física amanhã e falar pra os professores pararem IMEDIATAMENTE de fazer seus cálculos. Agora todos devemos ir para nossas casas, fechar as janelas e ponderar gravemente sobre a situação social do povo. E AI DAQUELE que resolver falar sobre outra coisas, porque esse capitalista inculto estará pura e simplesmente (e DEFINITIVAMENTE, INDISCUTIVELMENTE) sendo apenas insensível ao terror e opressão sofridos pelo povo.

Tu tá no emprego errado Waltécio. Você fala tão mal da minha atitude e das minhas preocupações, e fala que não servem pra nada porque o foda é a BARBÁRIE. Mas não vejo você fazer nada a respeito, além de FALAR SOBRE ELA no seu blog (coisa parecida com o que eu faço, afinal meu papel nessa vida é acadêmico).

Quando vai se candidatar? Vai ter meu voto, afinal ALGUÉM (já que não eu) vai ter que se preocupar com a BARBÁRIE.

Francisca Rolim disse...

Achei a solução pra o seu problema Waltécio:

http://oglobo.globo.com/blogs/moreira/posts/2010/04/24/professora-universitaria-se-casa-com-mendigo-nove-dias-apos-conhece-lo-286243.asp

Olhaí, que coisa fenomenal. Se todo mundo casar com sem-tetos e levá-los pra suas casas em lugares seguros, não vai mais haver problemas de mortes por causa dos deslizamentos nos morros.

Faz tua campanha política em torno disso, hehe...

É o socialismo extremo!!!

Waltécio disse...

Pra variar, lá vamos nós novamente em campos opostos.

Sobre a prática eu escrevi anteriormente:
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"Cara, primeiro tem que ficar claro aqui: INFELIZMENTE, eu, NA PRÁTICA, só faço meu trabalho acadêmico, ministro aulas, oriento, escrevo artigos sobre aquilo que pesquiso. Essa é minha rotina!

Como mudar isso?! Algo mais prático para tentar ir até as raízes das coisas que deveriam mudar (para melhor)... Faço planos o tempo todo, cheguei a esboçar uma ONG, ou mesmo me unir a alguma no futuro. Claro, uma ONG com prática e não propaganda para aliviar a consciência da "classe média".

https://www.blogger.com/comment.g?blogID=2595726469075715072&postID=460182600365651786
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Sobre prática para mudar o mundo ainda tem mais um comentário em 7 de setembro de 2009:

Obrigado pelos comentários, Linda!

"Minha pergunta: O que e que voce esta fazendo para tirar o neros da miseria e destituticao? Se voce nao esta fazendo nada... fala(escrever) e facil"

Como escrevi no texto, eu sou pardo, nordestino e filho de pais pobres. Sei que apenas isso não me credencia em termos de ação, mas lhe digo que já senti na pele discriminação... e não foi uma única vez.

Na pequena universidade que trabalho, sou favorável as cotas para negros e pardos. Meu partido apoia incondicionalmente à luta de todos os discriminados, faz reuniões sobre esses assuntos e promulgam soluções na proposta de novas leis, ou o cumprimento de nossa Constituição.

Infelizmente, você está mais do que certa. Em particular faço pouca coisa prática para mudar esse mundo humano (e não é apenas de discriminação que escrevo).

Espero fazer muito mais até onde minhas forças conseguirem. Grandes desafios para mim, você e a humanidade.

Um grande abraço e se cuida!!!

http://macacoalfa.blogspot.com/2009/02/discriminados-negros.html
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Hoje em dia eu sou (1) integrante e militante de esquerda (PCdoB),(2) sindicalizado e já participei ativamente de dois movimentos de luta (greve), (3) militei pela esquerda nas três últimas campanhas eleitorais e (4) não deixo de contextualizar minhas aulas com História.

Infelizmente é muito pouco, muito pouco mesmo... E não pretendo me candidatar, viu?! Sou feliz como biólogo... No futuro eu farei mais do que descrever espécies e estudar biologia de parasitas.

Quem sabe, você, Getúlio, Darlan e outros amigos meus estejam ao meu lado nisso... Quem sabe?!

Até lá... pelo menos um blog eu tenho, não é?!

Ah! Gostei demais em saber que você leu Marx... Sempre te achei um menino brilhante!

Abs,

W.

Waltécio disse...

Quanto a escrever ainda escrevo o seguinte:

"Se pelo menos não escrevemos aqui, o que vai restar? O silêncio absoluto!!!

E o silêncio absoluto sempre precede as grandes desgraças!!!"

Unknown disse...

O problema da "classe média" é que ela só quer pensar do pescoço para cima. Ela sabe que do pescoço para baixo as coisas tem que ser feitas, mas quem se importa? Não é ela, não é mesmo?

Ninguém vinculou a luta por uma sociedade mais justa com o fim das pesquisas científicas, com o fim do investimento na arte, no esporte, em outras áreas.

Mas o pior é a falta de clareza de quem se acha esclarecido. Acho que desde Voltaire já era assim: "O mundo só para os iluminados".

A insinuação que os comunistas querem dividir a pobreza é muito primária. Nem merece resposta.

Unknown disse...

E o Prof. Dr. Frederico Castro Neves é um especialista sobre a história das multidões, da seca e dos trabalhadores.

 
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